quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Receita de um poema

Imprescindivelmente tem que ter:
Palavras,
desde que difíceis,
algo que lembre tempo,
tem que ser clichê,
sentimento,
o qual está em auge ou em declínio,
a solução,
que sempre vai estar no final do poema,
mas há quem ouse colocar uma questão no final,
título,
que descreva ou não o poema,
e além de tudo isso,
deve não conter nada disso,
deve (d)escrever apenas você,
o que há.
Deve não ter rima, ou ter.
Deve está ruim, ou bom.
Deve não agradar, ou ser amado.
Deve não ligar para os críticos,
aliás, nem os deveria ter.
Escrever é falar,
monólogo.
Meu texto me ouve e não me interrompe!
Meu texto me aceita como sou,
as decisões que tomei,
a fonte que escolhi,
o assunto que abordei,
o resto é resto, já disse o citador.
Adeus, vou pra pasárgada!

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