sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Maira, Maira

Parecia apenas mais um, dia comum.
Mas no dia seguinte eu senti aquela batida
que deixa seu coração frio de paixão,
parecia que nada mais importava, somente.
Deixei todas as pessoas que um dia eu quis,
deixei até minha vontade carnal que em desejo,
vi de longe, mais bem longe mesmo, no meio da mata,
um dourado que me parecia o nascer do sol,
era sim um nascer, era sim meu sol.
Hoje não falei com você, acho que em lágrimas me ignorou.
Não quero que você me ame o tanto que eu te amo,
quero que você se ame o quanto te amo.
Dentro de mim, tem o mesmo que dentro de você,
agora seu coração bate mais vezes,
como o meu coração bate por você,
pareço ter dois corações, vem comigo,
sejamos três. Lembra quando estávamos falando de príncipes?
Lembra que você é minha princesa?
Não quero que escape por minhas mãos aquilo que ainda posso lutar.
Dom Juan é meu nome, prazer em conhecer.
Fujo ao norte, me deságuo neste rio,
Sua voz, nossa canção de ninar, fale baixinho no meu ouvido
quero assim cochilar. Seria um sonho, se ficássemos assim para sempre.
Só penso em te fazer bem, e agora estou dentro de você.
Cuida de mim, que te dou o meu melhor. Vem ser minha,
Por você, por ele, por Deus. Não, não é fogo de palha.
Voa já para meu lado, deixa eu te fazer "acalmar".

domingo, 18 de janeiro de 2015

Em forma de poesia sem formas

Vieste procurar a mim, para que fizeste um "texto tu",
despida de toda e qualquer amarro do passado,
tragédias dilascerantes, que cortam a fundo a alma,
fazendo das minhas palavras quebra-cabeça,
onde menos eu mesmo posso encontrá-las.
Com quem eu tenho gasto minhas poesias?
Rimas ricas ou pobres, salobras e inodoras,
Descem a garganta como whisky, queimando
do peito ao sentimento de amor de que uma hora jaz,
para que ajas coragem de te ver, diante de mim,
brilho, dourado, como reflexo do sol na água,
bem no finalzinho da tarde, quando este se põe.
A plumas vermelhas, te espero aqui, ao rio doce
beirando o mar, imaginando até o cheiro de seu cabelo,
com ou sem piscina nele, te abraçarei novamente.
Hey, olha para mim mais uma vez, com seus olhos da primeira vez,
porque preciso que sejamos o mesmo de sempre,
ao simples o mais raro, uma casinha no meio do nada,
onde nada se conecte no qual realmente não se devia conectar,
abra meus braços e acolha-te a si, porque nasci para te abraçar.
Não fique triste, pois sua beleza é bem mais sua
quando aquele sorriso consigo arrancar.
Sorriso singelo, pequeno e apaixonante, Não me deixe,
irei até a sua presença, se é que posso isso escolher.
Boa noite, senhorita de meu gosto!
Boa!