domingo, 14 de dezembro de 2014

Menino Parado

Gostei do meu jeito olhando para o lado de fora,
buscando tudo a meu alcance, mas a lugar algum chegou,
aquele velho olhar cansado, dormente e pálido,
aos pés, o golpe desleal, onde aquele copo
um dia com veneno, vingou-se em poucos cacos
cuidando agora de um ferimento, a alma satisfeita.

Sonhos cruzados, um garoto em nosso meio, parado.
Só que de parado, não tem nada, só o nome mesmo,
pois quando toca aquela canção, aquela coisa.
Somos no meio, apenas um. De muitos ele escolhe você.
Ela te ama, sim sim! Eu penso que perdi o seu amor.
Ao banho, você sabe que deveria estar feliz.

Aos pés enxugo-te sanguíneo, onde você mesmo desprezou.
Ciúmes sempre causou. Ao rascunho, me pôs a caneta canhota em punho
e me fez falar ao vento, palavras que se vão,
e nunca voltam.
Só de estar em nosso meio, essas palavras de tornam ruins,
pois ao mais suave toque, a resposta ignorada.

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