segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015
Fiz Este Poema Para Ser Postado, Mas Sei Que É Pedir Demais
Quero começar um poema de uma forma que ninguém começa
Tomar veneno no café da manhã, e continuar vivendo
Fazer as coisas mais loucas dessa vida como ninguém faz
Que sintam minha falta quando eu apenas jaz
Eu quero ser achado por alguém, quando eu me sentir perdido
Fazer da nossa história um livro colorido
Ser único em uma grande multidão,
Ser foco de luz em qualquer escuridão
Daquelas que dá vontade de dormir na cama dos pais
Ver que é comigo que você se sente em paz, e mais...
Ser segurado pela mão como um porto seguro
Parecer com um menino, mas com alma de maduro
Sorrir enquanto as lágrimas escorrem pelo meu rosto
Estar triste, mas ficar feliz com a alegria dos outros
Quero ser ninguém que faça diferença na vida de um certo alguém
Andar na contramão, andar oposto as setas sinalizadas no chão
Quero fazer rimas internas sem que sejam minha intenção
Fazer as coisas sem nem ter prometido, surpresa a amigos
Voar sem nem ter asas, morar no telhado de uma casa
Respirar de baixo d'água, me afogar em suas mágoas
Sorrir sozinho do velório de um anão
Te mostrar inteiro os cacos de um coração
Quero não querer nada, mas querer depois que você tanto insistir
Acho que preciso disso, insistência por um longo compromisso
Sentir que não apenas eu, mas que você quer que eu seja somente seu
Quero provocar ciúmes, saber que isso no final da noite só nos une
Quero dar presente, no momento que você me sentir ausente
Acabar o poema sem rima
Enquanto você ainda estiver esperando por algumas linhas
Te deixar com um gostinho de quem quer só mais um pouquinho.
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